só amanhã…

Em um dia de sol, acordei feliz. Um dia normal, mas parecia surgir tão perfeitamente perfeito… Um dia que para mim, não iria acontecer nada, de anormal. Que bom que eu pensava assim. Porque me estraçalharam, acabaram com cada migalha de felicidade que eu tinha. Se sobrou alguma coisa, ficou lá no fundo, com medo das garras de ódio. Se escondia como um pequeno coelhinho quando se sente ameaçado. Foi quando eu descobri que as pessoas, por infelicidade do tempo, mudam. Mudam às vezes, pra pior. Mudam de personalidade, de forma, de aparência, de sentimentos, de ações, de perfis… Até eu, não consigo ser fã de tudo. Eu sou fã das consequencias, e o tempo não quer ser meu amigo pelo jeito. Cresci, mudei a forma de ver as coisas e percebi que não consigo mais confiar em ninguém. As pessoas se transformam. Falam mau uma das outras o tempo inteiro e tenho certeza que estou no meio do cardápio. Sorrio por entre os dentes e descubro que estou sozinha. Por mais que eu queira, ninguém fará algo extraordinário por mim. É sempre assim. Acredito sim, na minha família, nas minhas melhores amigas. Mas sei que uma hora, o caminho aparecerá, e terei que decidir entre eles e a minha vida. Com um pensamento assim, toda a alegria espele do meu corpo. Abaixo a cabeça e continuo andando no meio de multidões de pessoas. Aquele sol tão lindo que tinha aparecido, parece que acompanhou meu humor, porque repentinamente sumiu. Agora, o céu estava escuro, cinza como as minhas mágoas, incertezas e dúvidas. Tudo em um curto espaço de tempo, porque saí do meu colégio e fui para casa. Não consegui aguentar a pressão. Coloquei meu raiban e começei a chorar. Tudo o que eu acreditava, tinha ido para o chão. Tudo o que eu pensava não mais fazia sentido. Chorei e não liguei para as pessoas. Chorei porque não havia outra opção. Não iria adiantar, mas tinha que liberar isto de alguma forma. Não poderia segurar por muito mais tempo. Aí, antes que eu melhore, começa a chover. Aquela chuva fraquinha como quem chora, lamenta por uma perda. Eu não liguei. Continuei me molhando. Uma hora iria acontecer isso. Sem medo, tirei meus óculos. Agora eu tinha a desculpa da chuva. Andei mas confiante. Todo mundo passa por isso, eu sei que sim. Não era a única. Tudo iria se resolver. Tentei aceitar isso. Cheguei em casa, tomei um banho, fingi que nada havia acontecido. Eu era a pessoa robô novamente. Sorrindo por entre as lágrimas percebi que tudo isso teria uma recompensa. Eu iria ter alguma vida, pelo menos em um curto período. O tempo não me magoaria mais… Fingi para mim mesma que aceitei esse fato. Sentei no murinho de casa e vi que o sol, voltara a aperecer em um lindo pôr do sol. Ele parecia me desjear sorte, algo que eu precisava muito. Continuei vendo o sol sumir aos poucos, e com ele estava indo todos os meus medos. Sei que eles iriam voltar amanhã, mas isso era outro caso. Anoiteceu. Fechei meus olhos. Dormi. Foi-se mais um simples dia meu. Mas para mim, marcara para sempre.
 
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